Dissertação: Composição química e degradabilidade ruminal de fenos de leguminosas da Caatinga 
Autor(a): Márcia Marcila Fernandes Pinto 
Programa: Pós-Graduação em Produção Animal 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Publicação: 2016 
Fonte do artigo: UFERSA 


Resumo: 
As leguminosas merecem destaque na alimentação animal devido seu alto teor de proteína, nutriente que representa maiores custos nas rações fornecidas aos animais. Assim, a utilização destas espécies tende a promover a redução dos gastos com a alimentação e proporcionar uma maior viabilidade na produção animal na região Semiárida do Brasil. Os fenos das leguminosas Catingueira (Caesalpinia pyramidalis, Tul.), Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth), Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul), Canafístula (Senna spectabilis var. excelsa) e Feijão de rola (Macroptilium lathiroydes), foram caracterizadas quanto à composição químico-bromatológica e avaliação da degradabilidade in situ. Foram utilizados três ovinos fistulados no rúmen. Os fenos das plantas foram incubados no rúmen nos tempos de 2, 6, 12, 24, 48, 72 e 96h. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso em parcelas subdivididas. Os resultados indicaram que o feno da leguminosa Sabiá apresentou menor valor para a degradabilidade efetiva da matéria seca na taxa passagem de 5%/h, com 25,81%. Já o feno da catingueira apresentou maior valor (45,27%). Foram encontrados os valores de degradabilidade potenciais da proteína bruta de 26,65%; 25,54%; 25,44%; 23,15% e 19,78% para os fenos das plantas de Feijão-de-rola, Catingueira, Jucá, Sabiá e Canafístula, respectivamente. O maior valor de degradabilidade potencial da fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) observado foi para o feno de Jucá (62,57%), tendo o feno da leguminosa Feijão de Rola apresentado maiores percentuais de FDN efetivamente degradada no rúmen na taxa de passagem de 5,0% (35,51%/h). Todos os fenos das leguminosas estudadas apresentaram bons coeficientes de degradabilidade potencial e efetiva da matéria seca, proteína bruta e da fibra em detergente neutro no rúmen, com exceção do feno da Sabiá, provavelmente devido ao elevado teor de tanino característico da planta e alto valor de lignina encontrada em sua composição químicobromatológica (8,28%).