Na casa imaginária, as paredes eram de vidros,
mas ninguém se via.
Era uma gente medrosa,
mas desejosa
de se reconstruir
Tinham vergonha da verdade nua,
por isso a vestiam com uma túnica amarela
e a deixavam parecendo uma gueixa,
entregue ao sultão
que nunca ouvira falar em castelos medievais,
mas adorava mastigar chicletes.


Contraponto - Maria Auxiliadora da Silva Maia - Poesias/Crônicas e Contros Ingênuos - 1ª Edição, 1998