Ela corta a rua e se posta indecisa
entre a árvore e o banco da praça

Não existe fatalidade na menina que passa:
Ela não exige mais tanto alumbramento:
Está exposta na esquina:
Impessoal. Taí a banca que a guarda.

Mas diferente é tudo aquilo que ela toca:
os cabelos sem fitas,
o selo nu. Perâ gosto de orvalho
champanhe percorrendo a púbia.

(Diferente, também, é teu sulco me rasgando
a garganta,
tua me enchendo de prazer
e minha te lambuzando,
enquanto gememos acordando a noite
que domina a cidade.)

Ela corta a rua e se posta indecisa
entre a minha e a garrafa esquecida

( - Que poeminha vulgar!!!)

"Anjo Torto"
Aluísio Barros de Oliveira