Já não mora na janela
da casa da esquina
a moça que guardou o seu nome
dos homens da outra esquina.

Ela foi tragada
pelos fantasmas
que criou
e desapareceu tonta
pelas esquinas
e veredas
do alto-do-louvor.
Ela enganou-se de homem
e foi morar com a dor.
Agora, anda tonta,
de fome
e seca de amor.

"Anjo Torto"
Aluísio Barros de Oliveira