Experientes aos outros olhares
Que já cruzou diante mares
Ainda hoje pouco navegadores,
Procuram na noite solidária,
Uma figura certa para ficar
E não encontramos desperdiçar
O brilho numa situação lendária
Raro olhar que admiro
Em qualquer noite semanal
Mexe comigo em sinal
Perturbando meu sonho ao suspiro
De uma lágrima chorada sozinha,
Ao despertar de outra aurora
Acordada sem tempo sem hora
Lamenta naquele jardim à tardinha
Um dia desses vou conseguir
Desterrar os segredos mais ousados
Que esse olhar esconde disfarçado
Pelo falso e enganoso sorrir,
Trazendo à minha tediante realidade
Todo suplico em delírio abrasador
Por trovas cantadas a um amor
Fracassado e amargurado à meia-idade’’.
"Caminhos do Meu Ser"
Paulo Dantas Magno Filho