“É momento de divindade
A inflar a frágil alma
Que na solidão calma
Invadindo o ser em saudade,
Transpira a mente cansada
Mil versos de improviso,
Lembram quando preciso
Uma forma inda amada.

Os olhos que brilham
É convite à bela unção
Que podendo da união
Sofrer os que me ilham
O vento frio quiça atômicas,
Olhares, atrações biônicas
Um sorriso, imploro, devolve.

É invisível o maior ser
Que desperta a miragem
Aquela que de passagem
Banha-se em represa do querer,
O desejo, vício maior
Subjuga nossa menor vontade
Mundano é fazer caridade
Se entregar é fazer caridade
Se entregar é bem pior.

Frio é o teu belo
Olhar que sempre sorri,
Lembrando que ontem sofri,
Lembrando que ontem sofri,
Por não tocar, singelo
É vosso nome santo,
Angelical voz do além,
Quero-a amar também
Envolver-me me teu manto.

Nem que todos versos
Pronunciem em declamação
Eloquente, pura emoção,
Apaixonam-se os universos
Em plena harmonia musical,
Os nossos sons momentâneos
Arrepios, sendo descomunal.

Quero-te para todo o presente
Minha amada imortalizo agora,
Todo o pensar que vem chora,
Lacrimeja sem sorriso ardente
O horizonte cada vez distante
Mais e mais vou perdendo-a,
Sofro mesmo não esquecendo-a
Perfeição és teu anjo semblante’’.

"Caminhos do Meu Ser''
Paulo Dantas Magno Filho