“Ao entardecer do sol
Aquele nascido todo dia
Reflito agora sem alegria
A vida inteira no arrebol

Sempre onde se esquece
O “eu’’ apático que habita
Um verso uno e recita
Retoricamente esse ego permanente

Sozinho, cansado e dormente
Sento-me a beira do rio
Que sempre passa ao desafio
Da força gravitacional eminente

Relaxa meus pés doídos,
Descansa minha mente decrépita
Calando uma palavra insépta
Que teima a sair em ruídos

Fazendo eco no campo aberto
Carregando pelo vento-brisa
Leve, calmo que simboliza
Caminho tortuoso e incerto

Levando o pensar de liberdade
Sussurrados noutros ouvidos
À mudança comportamental da humanidade’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser