Aquele nascido todo dia
Reflito agora sem alegria
A vida inteira no arrebol
Sempre onde se esquece
O “eu’’ apático que habita
Um verso uno e recita
Retoricamente esse ego permanente
Sozinho, cansado e dormente
Sento-me a beira do rio
Que sempre passa ao desafio
Da força gravitacional eminente
Relaxa meus pés doídos,
Descansa minha mente decrépita
Calando uma palavra insépta
Que teima a sair em ruídos
Fazendo eco no campo aberto
Carregando pelo vento-brisa
Leve, calmo que simboliza
Caminho tortuoso e incerto
Levando o pensar de liberdade
Sussurrados noutros ouvidos
À mudança comportamental da humanidade’’.
Copiado do: Caminhos do Meu Ser
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Paulo Filho Dantas