FRANCISCO PATRÍCIO DE FREITAS, filho do casal João Batista de Freitas e Rita Moreira de Freitas, nasceu em 17 de março de 1970, no Sítio Bico Torto deste município de Apodi/RN. Mesmo sendo filho de família carente teve a oportunidade de estudar em escola pública, no entanto, não se sabe se por causa do tipo de ensino oferecido ou se por desvalorização à atividade, ele não prosseguiu seus estudos, sendo possível estudar apenas até a 5ª série do primeiro grau (série correspondente ao 6º ano do Ensino Fundamental atualmente).
Patrício foi uma criança como tantas outras que viviam na comunidade naquela época. As atividades preferidas eram: tomar banho de rio, brincar de fazer carro de latas de óleo e, especialmente jogar bola no final da tarde. Esta última sempre foi a brincadeira preferida de Patrício. Poderia faltar tudo, menos o jogo de bola, tanto que sofreu várias contusões, quedas e problemas físicos por amor ao futebol. Aos 15 anos de idade já trabalhava nas cerâmicas do Bico Torto, passou por todas como operário. Mas o futebol nunca saiu da sua lista de atividades diárias.
Em 1996, assumiu a Diretoria de Esportes do Conselho Comunitário dos Sítios Reunidos Bico Torto, Ponta D’água e Lagoa Redonda, já que seu perfil de desportista era ideal para o cargo. Logo de início criou a Copa José Valentim de Freitas, além disso, conseguiu um espaço para a prática de futebol de areia que até então era inexistente. Além deste feito esportivo, Patrício sempre apoiou eventos desportistas realizados, tanto nas comunidades inseridas no Conselho Comunitário quanto em outras localidades.
No ano de 1997 passou a fazer parte do quadro de funcionários públicos por meio de concurso para trabalhar na Secretaria de Obras e Urbanismo. Fez parte do quadro de pessoal da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, exercendo suas funções no Estádio Antonio Lopes Filho.
Ainda no Conselho Comunitário do Bico Torto, Patrício foi tesoureiro (1998-2001) e, novamente como Diretor de Esporte (2001-2003) implantou o campeonato dos bairros: Bico Torto, Malvinas, IPE e Bacurau I, deu apoio aos atletas da comunidade para a participação na Maratona da Emancipação Política de Apodi. Também em 2003 foi eleito pelas comunidades reunidas como Presidente, sendo que em sua gestão as lutas encampadas foram as seguintes: reivindicação da construção e implantação da Escola Municipal Professor Veríssimo Gama, luta pelo fortalecimento dos movimentos comunitários incentivando a criação de novas entidades, como exemplo, a do Bacurau I, criação do Projeto de Valorização das Expressões Culturais das Comunidades inseridas no Conselho, promoção dos trabalhos já existentes e apoio a todas as ações do PDA Santa Cruz na localidade de Bico Torto. Nesta mesma gestão foi criada a Comissão de Eventos da Comunidade para incentivar a prática do esporte e da cultura, o que possibilitou a realização de eventos como: festa das mães, Natal, festas juninas, festa das crianças e Semana Cultural.
Nos anos seguintes, (2005-2007), quando já havia esgotado o tempo de presidente, ele volta ao Departamento de Esportes do Conselho para dirigi-lo e, nessa gestão foram organizadas as seguintes ações: Copa de Futebol Sub-quinze e Juvenil dando continuidade a tudo que já havia organizado em outras gestões, ainda conseguiu dá apoio à equipe de futebol do Bico Torto, a qual foi campeã da Copa Municipal no ano de 2006. A verdade é que durante o espaço de tempo de 1998 a 2008, Patrício tem apoiado sempre as atividades de esporte da comunidade e no que se refere à conquista de títulos pela equipe de futebol, são 32 troféus conseguidos, com seu apoio e força de organização sem medida, por amor ao esporte. Além de sua participação como desportista nas ações comunitárias do Bairro Bico Torto, também foi membro da União do Vale do Apodi (UNIVAP).
Seu notável trabalho no movimento comunitário abriu espaço para o reconhecimento social. Isso permitiu que ele fosse escolhido como membro fundador do Fórum de Entidades de Apodi, movimento que revolucionou as ações políticas na cidade, criado a partir de constatações de que o nosso município precisava de um movimento popular para exigir políticas públicas voltadas para o desenvolvimento municipal aos poderes legislativo e executivo, tanto estaduais quanto federais e municipais.
Quanto às lutas e participações, enquanto membro do Fórum de Entidades, podem ser citadas: Conferência do Meio Ambiente no ano de 2003 em Natal, Luta pelo Saneamento Básico indo por duas vezes à Assembléia Legislativa do Estado, luta pela Casa de Cultura, movimento pela construção do CEFET(atual IFRN Campus Apodi) e da UFERSA, pela construção do Fórum Desembargador Newton Pinto, dentre outras lutas que foram encampadas pela organização da entidade.
Participou da eleição municipal de 2008 como candidato a uma vaga na câmara de vereadores de Apodi pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), não foi eleito, mas seu trabalho como desportista e agente participante dos movimentos sociais continuou. Sua residência era fixada no Conjunto Garilândia, onde já articulava a organização daquela comunidade, oficializando a Diretoria de uma Associação Comunitária. Além disso, muitos projetos com sua participação estavam em andamento: instalação do Telecentro Comunitário no Bairro Bico Torto, campeonatos e outros projetos. Tudo cessou-se no momento em que sua vida foi interrompida bruscamente quando cumpria seu horário de trabalho no Estádio Antônio Lopes Filho, por meio da descarga elétrica recebida em seu corpo, o que proporcionou o seu falecimento. Isso causou dor e tristeza, indignação e imenso sentimento a todos os seus familiares, seus amigos e conhecidos, pela forma como ocorreu.
A sua vida se encerrou no dia 26 de março do ano de 2009, mas sua história continua viva em nossas memórias.
Texto enviado pela professora Mônica Freitas.
Patrício foi uma criança como tantas outras que viviam na comunidade naquela época. As atividades preferidas eram: tomar banho de rio, brincar de fazer carro de latas de óleo e, especialmente jogar bola no final da tarde. Esta última sempre foi a brincadeira preferida de Patrício. Poderia faltar tudo, menos o jogo de bola, tanto que sofreu várias contusões, quedas e problemas físicos por amor ao futebol. Aos 15 anos de idade já trabalhava nas cerâmicas do Bico Torto, passou por todas como operário. Mas o futebol nunca saiu da sua lista de atividades diárias.
Em 1996, assumiu a Diretoria de Esportes do Conselho Comunitário dos Sítios Reunidos Bico Torto, Ponta D’água e Lagoa Redonda, já que seu perfil de desportista era ideal para o cargo. Logo de início criou a Copa José Valentim de Freitas, além disso, conseguiu um espaço para a prática de futebol de areia que até então era inexistente. Além deste feito esportivo, Patrício sempre apoiou eventos desportistas realizados, tanto nas comunidades inseridas no Conselho Comunitário quanto em outras localidades.
No ano de 1997 passou a fazer parte do quadro de funcionários públicos por meio de concurso para trabalhar na Secretaria de Obras e Urbanismo. Fez parte do quadro de pessoal da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, exercendo suas funções no Estádio Antonio Lopes Filho.
Ainda no Conselho Comunitário do Bico Torto, Patrício foi tesoureiro (1998-2001) e, novamente como Diretor de Esporte (2001-2003) implantou o campeonato dos bairros: Bico Torto, Malvinas, IPE e Bacurau I, deu apoio aos atletas da comunidade para a participação na Maratona da Emancipação Política de Apodi. Também em 2003 foi eleito pelas comunidades reunidas como Presidente, sendo que em sua gestão as lutas encampadas foram as seguintes: reivindicação da construção e implantação da Escola Municipal Professor Veríssimo Gama, luta pelo fortalecimento dos movimentos comunitários incentivando a criação de novas entidades, como exemplo, a do Bacurau I, criação do Projeto de Valorização das Expressões Culturais das Comunidades inseridas no Conselho, promoção dos trabalhos já existentes e apoio a todas as ações do PDA Santa Cruz na localidade de Bico Torto. Nesta mesma gestão foi criada a Comissão de Eventos da Comunidade para incentivar a prática do esporte e da cultura, o que possibilitou a realização de eventos como: festa das mães, Natal, festas juninas, festa das crianças e Semana Cultural.
Nos anos seguintes, (2005-2007), quando já havia esgotado o tempo de presidente, ele volta ao Departamento de Esportes do Conselho para dirigi-lo e, nessa gestão foram organizadas as seguintes ações: Copa de Futebol Sub-quinze e Juvenil dando continuidade a tudo que já havia organizado em outras gestões, ainda conseguiu dá apoio à equipe de futebol do Bico Torto, a qual foi campeã da Copa Municipal no ano de 2006. A verdade é que durante o espaço de tempo de 1998 a 2008, Patrício tem apoiado sempre as atividades de esporte da comunidade e no que se refere à conquista de títulos pela equipe de futebol, são 32 troféus conseguidos, com seu apoio e força de organização sem medida, por amor ao esporte. Além de sua participação como desportista nas ações comunitárias do Bairro Bico Torto, também foi membro da União do Vale do Apodi (UNIVAP).
Seu notável trabalho no movimento comunitário abriu espaço para o reconhecimento social. Isso permitiu que ele fosse escolhido como membro fundador do Fórum de Entidades de Apodi, movimento que revolucionou as ações políticas na cidade, criado a partir de constatações de que o nosso município precisava de um movimento popular para exigir políticas públicas voltadas para o desenvolvimento municipal aos poderes legislativo e executivo, tanto estaduais quanto federais e municipais.
Quanto às lutas e participações, enquanto membro do Fórum de Entidades, podem ser citadas: Conferência do Meio Ambiente no ano de 2003 em Natal, Luta pelo Saneamento Básico indo por duas vezes à Assembléia Legislativa do Estado, luta pela Casa de Cultura, movimento pela construção do CEFET(atual IFRN Campus Apodi) e da UFERSA, pela construção do Fórum Desembargador Newton Pinto, dentre outras lutas que foram encampadas pela organização da entidade.
Participou da eleição municipal de 2008 como candidato a uma vaga na câmara de vereadores de Apodi pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), não foi eleito, mas seu trabalho como desportista e agente participante dos movimentos sociais continuou. Sua residência era fixada no Conjunto Garilândia, onde já articulava a organização daquela comunidade, oficializando a Diretoria de uma Associação Comunitária. Além disso, muitos projetos com sua participação estavam em andamento: instalação do Telecentro Comunitário no Bairro Bico Torto, campeonatos e outros projetos. Tudo cessou-se no momento em que sua vida foi interrompida bruscamente quando cumpria seu horário de trabalho no Estádio Antônio Lopes Filho, por meio da descarga elétrica recebida em seu corpo, o que proporcionou o seu falecimento. Isso causou dor e tristeza, indignação e imenso sentimento a todos os seus familiares, seus amigos e conhecidos, pela forma como ocorreu.
A sua vida se encerrou no dia 26 de março do ano de 2009, mas sua história continua viva em nossas memórias.
Texto enviado pela professora Mônica Freitas.