No Rio Grande do Norte, entidades, sindicatos e movimentos sociais continuam mobilizados contra à construção do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi.
Será realizado no próximo dia 25 de julho, dia da agricultora e do agricultor, uma grande mobilização no município de Apodi, RN, que reunirá centenas de trabalhadoras, trabalhadores rurais, Sindicatos, organizações e movimentos sociais. O objetivo da mobilização é denunciar e debater com a sociedade sobre os impactos que serão causados pela construção do perímetro irrigado na Chapada do Apodi. A concentração será às 7h, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Apodi, em seguida os participantes seguirão pelas ruas do centro de Apodi, onde realizarão um ato Publico, finalizando a mobilização com um almoço coletivo.
A mobilização dos trabalhadores e organizações sociais contra o Projeto da Chapada do Apodi adquiriu ainda mais força após o último dia 19. Na data, uma Audiência foi realizada com a participação de diversos trabalhadores e movimentos sociais, com o ministério da Integração Nacional, a Governadora do Estado, o presidente do DNOCS, entre outras participações. Na ocasião, o Ministro reconheceu os impactos que o Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi trará as comunidades e falou da necessidade de mudanças ao projeto original.
O Projeto – No dia 10 de junho de 2011, o Governo Federal assinou o decreto de desapropriação de uma área de mais de 13 mil hectares na Chapada do Apodi, RN, para a implantação do Projeto de irrigação na área. A obra é patrocinada pelo Ministério da Integração Nacional e está sob o comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o DNOCS. Para a implementação do projeto está previsto um gasto que ultrapassa os 240 milhões de reais, para garantir a irrigação de até 10 mil hectares destinado à fruticultura para exportação. Mais de 150 famílias de pequenos agricultores terão que sair das terras onde tradicionalmente vivem há mais de 60 anos para dar lugar ao Projeto. Além de atingir diretamente as famílias dos pequenos agricultores, o projeto também vai impactar oito assentamentos que estão no entorno.
Todo esse dinheiro ameaça por fim às experiências desenvolvidas por pequenos agricultores e agricultoras, que tornaram a região da Chapada do Apodi uma referência nacional e internacional de convivência com o Semi-árido e de produções agroecológicas. De acordo com Antônio Nilton, agente da Comissão Pastoral da Terra de Mossoró, é nesta região onde há uma das maiores produção agroecológica de mel do país, além da caprinocultura, manejo da caatinga e diversas formas de experiências desenvolvidas pelas agricultoras e agricultores da região.
O Projeto de irrigação no Rio Grande do Norte é uma extensão do perímetro irrigado de Limoeiro e Russas no Ceará – que compreende também a Chapada do Apodi. Naquela região onde o Projeto já foi instalado, as comunidades de camponeses e camponesas praticamente desapareceram, apenas algumas famílias permanecem resistindo e sofrendo as consequências deste projeto. Um dos maiores problemas enfrentados pela população local é a intensa utilização dos agrotóxicos, que tem sido alvo de denuncias e pesquisas, a exemplo do estudo desenvolvido pelo Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da Universidade Federal do Ceará (UFC) que identificou os problemas ambientais e de saúde nas comunidades do Baixo Jaguaribe (inserida no projeto de irrigação) que estão expostas à contaminação ambiental e aos agrotóxicos. O resultado é assustador: foi identificado uma grande incidência de pessoas acometidas de câncer, com registros de várias mortes ligadas ao contato com os agrotóxicos, contaminação do lençol freático, contaminação do solo, alimentos, etc.
Em manifesto entregue ao DNOCS no último dia 16 de junho, os trabalhadores rurais, Sindicatos Rurais, organizações e movimentos sociais do campo destacaram que “Neste momento, nossa luta central é resistir, denunciar e exigir que o Governo Federal, REVOGUE o decreto que torna de utilidade pública 13.855,13 hectares na Chapada do Apodi para fins de desapropriação pelo DNOCS, e DIALOGUE com os movimentos sociais, outra proposta, que leve em consideração a longa e dura luta dos agricultores familiares camponeses da Chapada do Apodi na convivência com o Semi-árido Potiguar que serve de exemplo em todo Brasil.”
Serviço:
O que? Mobilização Contra a instalação do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi - RN
Quando? Dia 25 de julho, a partir das 7h.
Onde? Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodí – RN.
Outras informações:
Comissão Pastoral da Terra – Equipe Mossoró
Antônio Nilton JúniorFone: 9774.5520
Será realizado no próximo dia 25 de julho, dia da agricultora e do agricultor, uma grande mobilização no município de Apodi, RN, que reunirá centenas de trabalhadoras, trabalhadores rurais, Sindicatos, organizações e movimentos sociais. O objetivo da mobilização é denunciar e debater com a sociedade sobre os impactos que serão causados pela construção do perímetro irrigado na Chapada do Apodi. A concentração será às 7h, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Apodi, em seguida os participantes seguirão pelas ruas do centro de Apodi, onde realizarão um ato Publico, finalizando a mobilização com um almoço coletivo.
A mobilização dos trabalhadores e organizações sociais contra o Projeto da Chapada do Apodi adquiriu ainda mais força após o último dia 19. Na data, uma Audiência foi realizada com a participação de diversos trabalhadores e movimentos sociais, com o ministério da Integração Nacional, a Governadora do Estado, o presidente do DNOCS, entre outras participações. Na ocasião, o Ministro reconheceu os impactos que o Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi trará as comunidades e falou da necessidade de mudanças ao projeto original.
O Projeto – No dia 10 de junho de 2011, o Governo Federal assinou o decreto de desapropriação de uma área de mais de 13 mil hectares na Chapada do Apodi, RN, para a implantação do Projeto de irrigação na área. A obra é patrocinada pelo Ministério da Integração Nacional e está sob o comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o DNOCS. Para a implementação do projeto está previsto um gasto que ultrapassa os 240 milhões de reais, para garantir a irrigação de até 10 mil hectares destinado à fruticultura para exportação. Mais de 150 famílias de pequenos agricultores terão que sair das terras onde tradicionalmente vivem há mais de 60 anos para dar lugar ao Projeto. Além de atingir diretamente as famílias dos pequenos agricultores, o projeto também vai impactar oito assentamentos que estão no entorno.
Todo esse dinheiro ameaça por fim às experiências desenvolvidas por pequenos agricultores e agricultoras, que tornaram a região da Chapada do Apodi uma referência nacional e internacional de convivência com o Semi-árido e de produções agroecológicas. De acordo com Antônio Nilton, agente da Comissão Pastoral da Terra de Mossoró, é nesta região onde há uma das maiores produção agroecológica de mel do país, além da caprinocultura, manejo da caatinga e diversas formas de experiências desenvolvidas pelas agricultoras e agricultores da região.
O Projeto de irrigação no Rio Grande do Norte é uma extensão do perímetro irrigado de Limoeiro e Russas no Ceará – que compreende também a Chapada do Apodi. Naquela região onde o Projeto já foi instalado, as comunidades de camponeses e camponesas praticamente desapareceram, apenas algumas famílias permanecem resistindo e sofrendo as consequências deste projeto. Um dos maiores problemas enfrentados pela população local é a intensa utilização dos agrotóxicos, que tem sido alvo de denuncias e pesquisas, a exemplo do estudo desenvolvido pelo Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da Universidade Federal do Ceará (UFC) que identificou os problemas ambientais e de saúde nas comunidades do Baixo Jaguaribe (inserida no projeto de irrigação) que estão expostas à contaminação ambiental e aos agrotóxicos. O resultado é assustador: foi identificado uma grande incidência de pessoas acometidas de câncer, com registros de várias mortes ligadas ao contato com os agrotóxicos, contaminação do lençol freático, contaminação do solo, alimentos, etc.
Em manifesto entregue ao DNOCS no último dia 16 de junho, os trabalhadores rurais, Sindicatos Rurais, organizações e movimentos sociais do campo destacaram que “Neste momento, nossa luta central é resistir, denunciar e exigir que o Governo Federal, REVOGUE o decreto que torna de utilidade pública 13.855,13 hectares na Chapada do Apodi para fins de desapropriação pelo DNOCS, e DIALOGUE com os movimentos sociais, outra proposta, que leve em consideração a longa e dura luta dos agricultores familiares camponeses da Chapada do Apodi na convivência com o Semi-árido Potiguar que serve de exemplo em todo Brasil.”
Serviço:
O que? Mobilização Contra a instalação do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi - RN
Quando? Dia 25 de julho, a partir das 7h.
Onde? Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodí – RN.
Outras informações:
Comissão Pastoral da Terra – Equipe Mossoró
Antônio Nilton JúniorFone: 9774.5520
Matéria enviada por Agnaldo Oliveira