Tese: Substituição da metionina pela betaína na dieta de Codornas de corte (Coturnix coturnix coturnix)
Autor(a): Vanessa Raquel de Morais Oliveira 
Programa: Pós-graduação em Ciência Animal 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Publicação: 2018
Fonte do artigo: UFERSA 


Resumo:
A betaína é um derivado do aminoácido glicina, encontrado na maioria dos organismos. Devido sua função como doador de grupos metil e seu baixo custo, tem sido utilizada como substituto parcial a metionina em rações de frangos de corte. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da suplementação de betaína em substituição parcial às exigências de metionina+cistina, sobre o desempenho produtivo, rendimento de carcaça e resposta imune de codornas europeias, bem como a viabilidade econômica da inclusão da betaína nas rações. Foram utilizadas 920 codornas europeias, no período de 1 a 42 dias de idade, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, dez repetições e 23 aves por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de quatro rações experimentais, sendo o tratamento 1, uma ração controle a base de milho e farelo de soja sem suplementação de betaína; tratamento 2, ração com redução de 5% da exigência de metionina+cistina sem suplementação de betaína; tratamento 3, ração com redução de 5% da exigência de metionina+cistina com suplementação de betaína e tratamento 4, ração com redução de 10% da exigência de metionina+cistina com suplementação de betaína. Para as variáveis estudadas observou-se efeito significativo (P<0,05) dos tratamentos sobre o ganho de peso das codornas no período de 1 a 21 dias de idade, sendo todos os tratamentos superiores ao tratamento controle. Aos 42 dias de idade, observou-se que todos os tratamentos foram superiores ao tratamento controle para peso ao abate e peso eviscerado. O peso de coxa+sobrecoxa apresentou resultado satisfatório nos tratamentos com utilização de betaína, porém, não diferiram do tratamento com redução de 5% de metionina + cistina sem suplementação de betaína. Não houve efeito dos diferentes tratamentos para consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar no período de 22 a 42 dias de idade. Da mesma forma, os tratamentos não influenciaram (P>0,05) o peso dos órgãos linfoides, fígado e parâmetros sanguíneos das codornas aos 42 dias de idade. No entanto, a análise econômica das rações mostrou uma redução no preço por quilo de ração e melhor eficiência econômica com a suplementação de betaína. Logo, a betaína pode substituir até 10% as exigências de metionina+cistina de codornas europeias, sem comprometer o desempenho produtivo, características da carcaça, qualidade física da carne e resposta imune das aves.