O nome Frei Damião foi dado na década de 90 pelo presidente da Associação e um grupo de pessoas que moravam na cidade e com o projeto do INCRA de desenvolver um assentamento naquele lugar,  vieram morar ali em busca de uma vida melhor dentro da agricultura e agropecuária. Esse é nome atual do Assentamento, porém antes do projeto a propriedade chamava-se Sitio Abreu, nome pelo qual não se sabe ao certo quem teria colocado, porém de acordo com uma pesquisa feita estimula-se que tenha sido o antepenúltimo proprietário conhecido como Badin, mas como esse terreno já foi de muitos donos e que bem antes da década de 50 já era habitado por algumas pessoas, não se pode afirmar.

Antes de ser fundado o assentamento o último proprietário era Antônio Celino que morava lá. Existia também outras pessoas que viviam da caça e um da agricultura, Antônio Celino começou a construir dois grandes fornos de cal que melhorou bastante a vida daquelas pessoas que passaram a trabalhar pra ele no forno. Após a construção começaram a desmatar as árvores para queimar as pedras e transformá-la em cal.
Com o desmatamento a propriedade foi tornando-se grandes campos no qual teve grande prestígio para a plantação de algodão, feijão, milho, etc.

A água utilizada para irrigar a terra era a da chuva, que era também usada para beber, pois água era e até hoje é salgada devido o grande número de rochas calcárias e por não ter recursos suficientes para perfurar um poço de água doce. Por se encontrar a uma grande profundidade da superfície, a água salgada era puxada através de um cata-vento que servia para todas as tarefas da casa.

Os transportes da época eram carroças, bois, cavalos, etc. Durante esse período não existia energia elétrica, mas com o dono da propriedade era um pouco rico tinha uma espécie de gerador elétrico que abastecia as poucas casas que ali existiam, um pouco depois a propriedade foi comprada pelo governo que deu início o projeto de assentamento onde hoje é a comunidade Frei Damião.

O Assentamento é habitado por 60 famílias sendo 39 associados que vivem da agricultura, agropecuária, apicultura e outras fontes de trabalho, porém tem enfrentado bastantes dificuldades no desenvolvimento desses trabalhos pelo alto volume de chuva que prejudica o acesso por causa do massapé que é um solo bastante fértil, mas quando em contado com a água fica muito pegajoso, pelo que só anda trator e até hoje não foi tomada nenhuma providência a respeito desse problema. Essa é a vida da comunidade Frei Damião.
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Fotos do forno de cal que funcionava antigamente na comunidade. Hoje está desativado.