Lembra daquele tempo
Onde tudo era diferente,
Onde tudo era perfeito
E todo mundo era gente,
Quando não tinha defeito
E era tudo bom, somente?
Lembra daquele tempo
Quando tudo era singelo,
Que não havia cobrança
E o mundo não era severo,
Não havia maldade
E tudo era tão belo?
Lembra daquele tempo
Que tínhamos que pensar
Apenas em nós mesmos,
Nos divertirmos e brincar,
Sem ter que com nada
Nem ao menos se preocupar?
Lembra daquele tempo
Que tudo era perfeito,
Não havia preocupações,
Pra tudo se dava um jeito,
Não saia nada errado,
Nem existia defeito?
Lembra daquele tempo
Quando o importante era crescer,
Um dia de cada vez
Tinha apenas que viver,
Passando pelos problemas
Sem ao menos entender?
Saudade, não é?
Mas, temos que aceitar
É um tempo passado
Que (talvez) nunca voltará:
A inocência perdida,
Nunca recuperará;
A pureza da vida,
Jamais achará;
A simplicidade esquecida,
Nunca se lembrará
As melhores coisas vividas
Jamais repetirá
Oh, infância querida
Jamais esquecida
Nunca mais vivida,
Sempre hei de lembrar
De todas as brincadeiras
Que, para alguns, eram besteira,
Não passava de bobeira,
Não tinha pra que brincar
Infância que me moldou
Coisas que me transformou
Em uma pessoa boa ou má.
Oh, como eu queria
Para aquele tempo voltar
Viver tranquilamente
Sem com nada me preocupar
Descansar a minha mente
E, finalmente, relaxar
Mas, esse tempo já não volta
Já perdi a esperança,
Só uma coisa me resta:
A saudade de ser criança.

Lucas Benjamim Marinho Gurgel