RESGATE DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS E DOS ADMINISTRADORES DE APODI, RUMO AO PALÁCIO FRANCISCO FERREIRA PINTO.
1833-2020 OUTROS ACONTECIMENTOS



Brevemente será lançada a Obra de seus Raimundo Pinto, um livro que conta diversos fatos políticos de nossa terra. Mas por enquanto, veja algo do que terá nesse livro: 


Biografia do Autor 

Raimundo Marinho Pinto (Pitinho) nasceu em 9 de agosto de 1944, no Sítio Poço Vermelho, zona rural, município de Apodi-RN. Filho do casal Francisco de Oliveira Pinto e Maria das Dôres Pinto, que deixaram 10 filhos. 

Raimundo Pinto aprendeu as primeiras letras nas escolas particulares localizadas nas proximidades onde morou. Frequentou a escola da “palmatória” da professora Joana Ester Soares (Joaninha de Bemvinda). Concluiu a 4ª e 5ª séries ginasial na Escola Estadual Ferreira Pinto com as professoras Ester Noronha e Lourdes Mota e formou-se na faculdade da vida. Sem ter curso superior, não abandonou a leitura tanto é que durante mais de trinta anos tornou-se “Esmiuçador de Biografias e Fatos Históricos”. Leu milhares de livros dentre eles o livro “501 grandes escritores” (um guia abrangentes sobre os gigantes da literatura). Estudando esse livro o que mais o impressiou não foi Platão, Balzac, Homero, Horácio, Vigílio e Voltaire. Foi, sim, Aristóteles pelos seus convencimentos e Santo Agostinho pelos seus ensinamentos. Também leu o livro, Quem é Quem, 500 biografias, artistas; líderes políticos; empresários; escritores; cientistas; atletas e religosos. Também leu os livros do nosso mestre Luis da Câmara Cascudo e de tantos outros historiadores, inclusive os de nossa terra. 

Casado com Ivanice Lopes Pinto, no religioso e no civil em 13-07-1969, o celebrante foi Padre Manoel Balbino, na igreja matriz desta cidade, desse matrimônio tiveram três filhos: Raniere Kleber; Rokatia Kleania e Kelly Regina. Avô de Mayara Vitória, (filha de Kleber e Claudia Mota). Raimundo é o segundo filho de uma prole de 10 irmãos, todos vivos. 

Atividades: aos 7 anos de idade trabalhou na roça ajudando ao seu pai, foi pastorador de passarinhos e botador d'água nas residências de pessoas abastadas na cidade.Exerceu as profissões de sapateiro, carpiteiro e comerciante. 

Também funcionário público estadual, nomeado em 10 de fevereiro de 1966, no quadro da Secretaria da Educação e Cultura do Estado do RN, na gestão do então governador Monsenhor Walfredo Gurgel, lotado na Escola Estadual Professor Antônio Dantas nesta cidade. Aposentou-se conforme diário oficial nº 10.313 de 27-08-2002 na gestão do então governador Fernando Freire. Foi representante do IPE-Instituto de Previdência dos Servidores do Estado – RN no município de Apodi na gestão do então governador Geraldo Melo. Auxiliar do Sindicato Rural de Apodi desde 1998 e representante do SENAR/RN no município de Apodi desde 1998. Militante do velho MDB durante a ditadura militar, ficou fichado no SNI como protagonista desse partido no município de Apodi. 

Ultimamente é Esmiuçador de Biografias, de Fatos Históricos e escritor. 

INTRODUÇÃO 

RAZÃO DO LIVRO 

Você não pode deixar que se perca a história das eleições municipais e quem foram os administradores de Apodi: rumo ao Palácio Francisco Ferreira Pinto, de 1833 a 2020. Inúmeras vezes ouvi esse apelo de amigos, do homem comum e de intelectuais, por saberem do meu conhecimento a seara dita. 

A verdade tem que ser exaltada, doa a quem doer. Não tenho nível superior, em 1965, conclui a 5ª série ginasial, não existia ensino de 2º grau na época em Apodi. Não tive, entretanto, condições de alcançar estudos de nível mais elevado, condicionado que estava à situação econômica do meu pai, pequeno agricultor, sem possibilidade de mandar-me para um centro mais desenvolvido, onde pudesse aprimorar meu aprendizado. Tempos depois não tive interesse para voltar aos bancos escolares, a verdade é essa e me acomodei, voltado ao trabalho, causa que abracei desde os sete anos de idade, ajudando aos meus pais que já partiram para a eternidade. 

Não abandonei os livros, lendo do simples folheto de cordel vendido em bancas de feiraa exemplares científicos de renomados autores consagrados pela bienal, cheguei a suprir, em parte, essa deficiência, através da leitura, adquirindo bons conhecimentos, os quais me proporcionaram meios de proveitoso relacionamento com o mundo social e político. 

Desde a década de 60, tenho vivenciado os acontecimentos das eleições municipais e atividades dos administradores, desde a época do coronel Lucas Pinto até a dosmais recentes. Foi a partir daí que pude entender como é o passo da dança da política, como tirar as meias dos pés sem tirar os calçados, ensinado pelo coronel Lucas Pinto a quem conheci de perto. O Lucas, o mais habilidoso político, liderou o município de Apodi e região do meio oeste por quase meio século. 

Há mais de trinta anos, tornei-me esmiuçador de biografias e de fatos históricos. O sábio Rui Barbosa, ao ser perguntado qual era o perfil de um escritor, respondeu a honestidade e a leitura. Como disse o historiador inglês Peter Buker: a função do historiador é procurar lembrar a sociedade daquilo que ela insiste em querer esquecer. 

O livro resgate das eleições municipais e dos administradores de Apodi, rumo ao Palácio Francisco Ferreira Pinto, de 1833 a 2020 e outros acontecimentos. 

Assinala-se por derradeiro e em conclusão, que a obra apresentada corresponde a valiosa contribuição ao processo de resgate e preservação da memória política do nosso município. Em relação ao seu autor, fica para o reconhecimento da sociedade do nosso município e de modo geral de todos os brasileiros, construí e disponibilizei as gerações do meu tempo e do futuro, as quais vão poder avaliar o quanto a conduta e as ações dos nosso representantes políticos e administradores contribuíram para o seu modus vivendi. Que seja proveitosa leitura. 

Perdoem-me os leitores todos erros, omissões, lacunas e quaisquer equívocos de interpretação. Se for perdoado, dou-me por satisfeito. 

O autor 

APRESENTAÇÃO1 

O que devo dizer? 

Ora, conheço Raimundo Marinho Pinto há décadas, sempre nesse passo espichado, para frente e decidido, como quem não retrocede por algum estorvo que porventura o acaso interponha, mesmo que isso lhe venha causar alguma contrariedade. 

Sua palavra empenhada vira uma rocha! Voltar atrás, jamais! Como diziam nossos avós, homem de “sim-sim-não-não”. Este é o conhecido Raimundo Pinto, arraigado pesquisador dos negócios políticos, eterno partidário da “esperança” dos áureos tempos de Aluízio Alves. Igualmente admirador de Ulysses Guimarães, a ponto de ter, como livro de cabeceira: “Dr. Ulysses Guimarães, o Homem que Pensou o Brasil”. 

Agora se propõe entregar à sociedade de Apodi, quiçá de todo o Rio Grande do Norte e alhures, uma obra feita com capricho, com retidão, sem esquecer os mínimos detalhes, “de ponta”, bebida na fonte do cotidiano, na consulta a periódicos, livros e folhetos, tendo lhe deixado brocado de tanta informação sobre o assunto, de conversa com personalidades locais e, em especial, no testa-a-testa com os homenageados e/ou parentes dos que já se foram. 

O resgate de quem já foi prefeito em Apodi, nos prolongados 18 lustros passados, percorrendo nove décadas de atividade política em nossa terra, com alguns interstícios de atividade “politiqueira”, Raimundo nos mostra com elevada sutileza e impecável narração a época dos “currais eleitorais”, embates na base da garrucha, até os dias atuais quando se pode cabalar voto pela Internet. 

Sua memória Raimundo esvoaça de sítio a sítio, em todos os quadrantes da cidade e penetra cada casa, buscando no baú esquecido dos saudosos camarins o que aconteceu ontem, há muito tempo na política desta cidade histórica, rica e bela. Os meandros por onde este incansável homem passou, contornando uma série de curvas, fê-lo nos proporcionar o conhecimento de muitos membros que nós nem imaginávamos que existissem, com seus feitos, seus motivos e seus interesses. 

Esta coletânea tem início, meio e fim, une o etéreo ao terrestre, sem banalidade, mas num ritmo que nos faz entender que seu trabalho é sério, limpo e definitivo. 

Conta-nos, por exemplo, o porquê da invasão do cangaceiro Massilon a Apodi, pois nós sabíamos que fora para assassinar Chico Pinto. Sua versão é mais intrigante, ao mesmo tempo em que transcreve trechos do processo que empacou a trama de Roldão naquele começo de noite do fatídico dia 2 de maio. Será que uma coisa tem a ver com a outra? Massilon não queria somente extorquir os comerciantes? Massilon descumpriu as ordens de Izaias Arruda e de Décio Holanda, genro de Tilon Gurgel? Ou atendeu ao pedido de clemência do pároco da cidade, padre Benedito Basílio Alves, naquela manhã de horror do dia 10 de maio de 1927? 

Raimundo sempre a encadear os episódios, os fatos, as casualidades e os incidentes; os elementos e o tempo em um fio inconsútil. Um inteiriço assunto que atrai a muitos, e que irá deixar outro tanto interessado em saber quem foi “fulano”, “sicrano”, o que que fazia A, B ou C, mas que aqui não fica uma vírgula de fora de todo o saneamento do processo do livro e todos terão as respostas, numa leitura agradável, sem rebuscados eruditos, nem rígida formalidade gramatical, contudo de um aprimoramento que fará a todos elogiar este livro que fala a todas as famílias apodienses e de outros lugares. 

Disse George Darien, escritor e anarquista francês: “Os olhos de um escritor para serem claros tem que ser secos”. Aqui está este escritor que escreveu um verdadeiro monumento de palavras sobre tema tão em voga e espinhoso como a política, mas sem partidarismo nem emoção vulgar, escreveu, sim, com uma honestidade de causar espanto. 

Apesar de sua conhecida opção partidária, não carregou na tinta para nenhum lado, falando do verde e do vermelho com igual valor e intensidade. Para Raimundo, a verdade tem a primazia na íntegra dos depoimentos, na transparência das citações e honestidade nas datas e nos momentos em que o humor prevaleceu, ou nos instantes em que a tragédia foi inevitável. 

Tive o prazer de ler antecipadamente esta obra e posso garantir que imagens não se confundem, porém, a memória despe-se da preferência e se veste da facilidade, do pitoresco e do brilhante, apresentando-nos um quadro real de quase um século de vida política em Apodi e região. 

Marcel Proust, asmático e espetacular escritor francês, na sua obra ‘LE TEMPS RETROUVÉ”, assinala com clareza que “É com adolescentes que duram certo número de anos que a vida faz os velhos”. Pois muito bem. Raimundo Marinho Pinto, mais conhecido carinhosamente por “Pintinho”, assim chamado pelo seu amigo Dr. Pinheiro Bezerra, quando este chegou ao PMDB no ano de 1987, pois, apelido mesmo tinha quando criança, coisa de mãe, tratado por “Mundinho”. Assim da infância para a adolescência, contudo, velho jamais, apenas muito experiente, homem de responsabilidade, pai de três filhos, amigo, íntegro, de uma cultura pescada de anzol feito de curiosidade na filosofia humana, leitor contumaz de obras que versem sobre política e sobre políticos, cioso do seu dever e cumpridor de seus compromissos. 

Trabalhou na lavoura, pastorou passarinho, ajudando seu pai; vendeu água em ancoretas e foi sapateiro. Depois tornou-se comerciante. Estudou com dificuldade até se tornar funcionário público estadual, hoje é aposentado. Sua vida foi pautada regiamente sempre com ordem, com disciplina. Os cabelos e bigode pretos, por algum motivo não embranqueceram. Pano passado, nunca foram vistos seus pés fora dos sapatos. 

Secretário por muitos anos do Diretório Municipal do PMDB local. Também prestou serviço no Sindicado dos Proprietários Rurais do Apodi. Católico. Sério e compenetrado. Organizado e de uma memória invejável, com uma visão impressionante. 

Às vezes, para me encontrar eu saio de mim. 

E neste livro que Raimundo Pinto nos brinda, é como se nós saíssemos de dentro de nós enos encontrássemos através do legado dos nossos ancestrais que dirigiram os destinos da nossa terra, muitos derramaram sangue para defendê-la, outros tiveram de fugir para não ter seu sangue derramado, mas todos lutaram por amor à terra em que nasceram e pelo bem de todos nós. 

Obrigado, Raimundo Marinho Pinto, por nos proporcionar esse mergulho nas águas tranquilas da genealogia apodiense, mais particularmente nesses remansos de onde sobressaem os que fizeram política partidária. 

William Lopes Guerra 
Apodi – RN, 18 de fevereiro de 2019 


APRESENTAÇÃO 2 

A ALMA DO TEMPO NO RESGATE DOS FATOS HISTÓRICOS. 
"O Homem não tem natureza, tem história”. (Ortega Y Gasset). 


O profícuo esmiuçador da história política e administrativa apodiense RAIMUNDO MARINHO PINTO enobrece o vasto rol de historiadores da famosa e opulenta Ribeira do Apodi com o seu respeitável cabedal de conhecimentos da história sobre o seu torrão natal. Nesta importantíssima obra, descreve com maestria e exatidão os fatos históricos vividos ao longo destes últimos 60 anos. O nosso Pesquisador-Historiador nos mostra a alma do tempo no difícil processo de resgate de fatos que se encontravam relegados à indiferença e ao esquecimento. Enriquece, assim, os anais da história política e administrativa do nosso amado município de Apodi. O primoroso texto em que revela, com precisão, fatos que se aproximam da memória e da crônica, transporta o pensamento ao espírito da história. A leitura deste magnífico livro proporciona o conhecimento exato dos fatos que nortearam os destinos do nosso rincão do Oeste potiguar. Respinga eternidade nas imagens formadas pela leitura interativa. O nosso celebrado autor é um homem simples, cordato e altaneiro na defesa dos valores da sua terra. Detentor de aguçada sensibilidade filosófica do raciocínio, que resultou em textos enxutos e cheios de conhecimentos históricos trazidos ao conhecimento dos que não viveram a contemporaneidade dos fatos elencados. 

Emoldura um profundo sentimento de amor a sua terra e a sua gente, transforma o imenso leque de conhecimentos sobre fatos e pessoas na chama acesa de um passado dignificante, buscando perpetuar na memória dos seus conterrâneos memórias que o tempo não conseguiu apagar. 

O pomposo título de PADRINHO DA HISTÓRIA APODIENSE recai sobre a magnânima figura do historiador pioneiro MANOEL ANTONIO DE OLIVEIRA CORIOLANO, conhecido simplesmente como CORIOLANO (05.01.1835/ 29.12.1922). Apodi e apodienses devem um imensurável tributo ao incansável e profícuo historiador VALTER DE BRITO GUERRA, que compilou todos os artigos históricos publicados por Coriolano e Nonato Mota (30.06.1886/ 04.06.1936) e publicou relevante livro no ano de 1980, proporcionando, assim, fonte de pesquisa aos que se interessam por nossa fecunda história. Não fora Valter Guerra, Apodi teria se transformado em uma cidade sem história. O renomado historiador conterrâneo José Leite secundou o grande Valter Guerra, publicando dez livros com o instigante título ‘FLAGRANTES DAS VÁRZEAS DO APODI". Nosso amado APODI é um viveiro de expressivas intelectualidades artísticas e culturais, dentre as quais os historiadores Raimundo Valentim, Raimundo Vieira, Auxiliadora Maia (Dodora), Vilmaci Viana, Francisco de Oliveira Maia, Geraldo Fernandes, Manoel Georgino, Nuremberg Ferreira de Souza. 

Obra de largo fôlego e alcance pretérito. Reflete o encontro marcado da alma do tempo com o resgate da história. 

Apodi de São João Batista e Nossa Senhora da Conceição, 20 de junho de 2019. 

Marcos Pinto. 
- Do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN). 
- Do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). 
- Da Academia Apodiense de Letras (AAPOL). 


PREFÁCIO 

Raimundo Pinto, carinhosamente conhecido por “Pintinho” nos apresenta seu primeiro livro de pesquisa, memória política e histórica de Apodi, intitulado “Resgate das Eleições Municipais e dos Administradores de Apodi rumo ao palácio Francisco Pinto – de 1833 a 2020”. 

Uma relevante colaboração para os arquivos da nossa memória. Ao descrever com esmero um período do processo político eleitoral de Apodi bem como registrar fatos importantes da nossa História. Pintinho segue os passos do saudoso Historiador Valter de Brito Guerra (In memoriam). 

Um passeio fantástico na História política de Apodi, quando ele relembra a vida dos grandes vultos do nosso Munícipio, como: Chico Pinto,Lucas Pinto, Izauro Camilo, Valdemiro Pedro Viana, Hélio Marinho, José Pinheiro Bezerra, Gorete Silveira, a primeira mulher prefeita de Apodi e outros nomes ilustres desta terra dos Índios Tapuias e Paiacus. 

Você vai se deliciar lendo essa obra literária fundamental para os estudiosos, pesquisadores e alunos de nosso Município. Parabéns Pintinho e muito obrigada por resgatar fatos marcantes da nossa História. 

Maria Vilmaci Viana 
Presidente da Academia Apodiense de Letras.