Dissertação: O recreio como tempo e espaço para o ensino da cultura popular na escola 
Autor(a): Rummening Marinho dos Santos 
Programa: Pós-Graduação em Ensino 
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN 
Publicação: 2018 
Fonte do artigo: Plataforma Sucupira 


Resumo: 
O presente trabalho investigativo teve como objetivo principal investigar o recreio na escola como tempo e espaço para o ensino criativo e potencializador da cultura popular. A discussão teórica sobre o recreio como tempo e espaço para o ensino se apoia nos estudos de Neuenfeld (2003), Barros (2012), Cabrita (2005), Dumazedier (2008), Carmo (2009), Charlot (2001, 2013) entre outros. A pesquisa bibliográfica instiga a compreensão sobre o recreio, recreação, lazer e ensino, para refletir a sua utilização no contexto educativo. A ênfase que é dada ao desenvolvimento da cultura popular, ancora-se nas compreensões que os jogos e brincadeiras são manifestações da cultura popular. Aqui, fizemos uma revisão daquilo que se compreende por cultura popular, lúdico, jogos, brinquedos e brincadeiras, discutidos pelos autores revisados, como: Arante (2012), Kishimoto (1993, 1997, 1998), Friedmann (1996), Bomtempo (1986), Vygotsky (1989), Huizinga (1987) entre outros. Esta pesquisa foi desenvolvida na Escola Estadual Ferreira Pinto, localizada na cidade de Apodi/RN. Os sujeitos participantes foram 21 alunos do 7° Ano “B” do Ensino Fundamental maior, 12 docentes e 11 não-docentes. A pesquisa se caracteriza nos princípios da pesquisa quali-quantitativo, utilizando-se do método misto, qualificando-o e quantificando-o de acordo com Minayo e Sanches (1993). Utilizamos como instrumentos para a coleta de dados a observação direta, o questionário e um programa de intervenção durante horário do recreio. Com os dados analisados, identificamos que as brincadeiras de correr já fazem parte do recreio escolar, mas não são as únicas quando a escola disponibiliza materiais ou promove alguma atividade lúdica educativa. Dentre outros resultados, percebemos que os jogos e brincadeiras populares despertaram no aluno o gosto, o interesse e o prazer pela atividade praticada. Sabemos que estas atividades lúdicas são passadas de geração para geração com o passar do tempo, muitas vão sendo esquecidas ou transformadas. Por isso, defendemos a necessidade também de reproduzi-las para que permaneçam vivas na memória da criança, fortalecendo, assim, a cultura popular. Por fim, compreendemos que é possível promover atividades lúdicas educativas, sociais e culturais durante o recreio. Mas para isto acontecer, a escola precisa repensar, refletir e incluí-las em seu Projeto Político Pedagógico – PPP, deixando de acontecer por acaso e passando a ser rotineiras no recreio escolar.