Dissertação: Interação entre o estresse salino e bioestimulante na cultura da abobrinha italiana (Cucurbita pepo L.) 
Autor(a): Maria Wiliane de Lima Souza 
Programa: Pós-Graduação em Fitotecnia 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Publicação: 2018 
Fonte do artigo: UFERSA 


Resumo:
No presente trabalho, objetivou-se avaliar o efeito do tratamento de sementes com bioestimulante Stimulate® na cultura da abobrinha italiana, cv. Caserta Italiana, sob condições de estresse salino. O trabalho foi desenvolvido em três etapas nas quais se avaliou o uso do bioestimulante em pré-tratamento de sementes, na produção de mudas, no crescimento e na produção de frutos de abobrinha. O primeiro experimento em laboratório, avaliando-se o desempenho de sementes tratadas com bioestimulante, por meio de curva de embebição e teste de germinação, utilizando delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x5, sendo três tempos de embebição das sementes (6, 8 e 10 horas) e cinco concentrações de bioestimulante (0; 5; 10; 15 e 20 mL L-1 ), com quatro repetições. O segundo experimento foi realizado em casa de vegetação, avaliando-se o uso do bioestimulante e estresse salino na produção de mudas de abobrinha, onde foi analisado o crescimento, o acúmulo de massa seca e o teor de clorofila. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 6, sendo dois níveis de salinidade da água usada para irrigação (0,5 e 5,0 dS m-1 ) e seis formas de aplicação do bioestimulante (B1- Ausência, B2- Semente, B3- Semente + foliar 5 mL L-1 , B4- Semente + foliar 10 mL L-1 , B5- Foliar de 5 mL L-1 e B6- Foliar de 10 mL L-1 ), com quatro repetições. O terceiro experimento foi conduzido na área experimental, com o objetivo de avaliar a crescimento, produção e qualidade de frutos de abobrinha cv. Caserta Italiana em função do estresse salino e o uso do bioestimulante. Os tratamentos utilizados foram os mesmos do experimento anterior, diferindo apenas nas formas de aplicações B3, B4, B5 e B6: aplicação via semente + foliar (10 mL L-1 no florescimento), semente + foliar (10 mL L-1 aos 20 e 30 dias após a semeadura), foliar (10 mL L-1 no florescimento) e foliar (10 mL L-1 aos 20 e 30 DAS), respectivamente. Nessa etapa, as plantas foram avaliadas quando ao crescimento, o acúmulo de massa seca, a produção e as características físico-químicas dos frutos. Nos três experimentos, os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e foi realizado o desdobramento dos fatores para as variáveis que apresentaram resposta significativa à interação ente os fatores. A análise estatística dos dados mostrou de modo geral que o uso do bioestimulante não foi eficiente para inibir o efeito deletério da salinidade sobre a maioria das variáveis analisadas. No entanto, o uso de bioestimulante é eficiente para aumentar a produção de frutos de abobrinha, independentemente da qualidade da água utilizada na irrigação.