Dissertação: Andread Jó e a nova produção independente em Fortaleza/CE: reflexões sobre a música em tempos de reprodutibilidade técnica, ciberespaço e negócios eletrônicos
Autor(a): Tássio Ricelly Pinto de Farias
Programa: Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN
Publicação: 2015
Fonte do artigo: UERN

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Resumo:
Este trabalho discute a atual e constante reestruturação dos mercados musicais analisando, especialmente, o impacto causado pela revolução das Tecnologias da Informação e Comunicação e o advento da Cibercultura, entendida como um novo modo de reprodutibilidade dos bens culturais. Buscou-se suporte teórico na concepção benjaminiana de reprodutibilidade técnica dos bens simbólicos, e nos conceitos de ‘sociedade em rede’ e ‘ciberespaço’, desenvolvidos, respectivamente, por Castells e Lévy. Argumenta-se que a desmaterialização da música, unida ao processo de difusão em rede (via Internet), suscitaram novos hábitos de produção, circulação e consumo na indústria fonográfica. O objeto desta pesquisa recaiu sobre o estudo de caso realizado com Andread Jó, reggaeiro autônomo da cidade de Fortaleza/CE. Conclui-se que, por um lado deve-se analisar o mercado musical de forma ‘dual’ (indies e majors), por outro, percebe-se que ‘dentro’ do mainstream busca-se adotar as estratégias que ‘de fora’ surtiram efeito de diferencial estratégico, entre elas, a comercialização da música via streaming e a utilização de outros serviços de música online. Sociologicamente as estruturas do mercado se dinamizam e, relacionalmente, atores sociais distintos se conectam numa rede dinâmica, plural e aberta de possibilidades de negócios no campo da chamada “música independente”. O resultado pode ser expresso em maior possibilidade de acesso ao mercado de bens culturais, tanto por parte dos músicos, quanto pelos ouvintes.