Dissertação: Toxicidade de inseticidas neonicotinoides sobre abelhas apis mellifera l. (africanizadas) 
Autor(a): Jefferson Bruno Carvalho Soares 
Programa: Ciência Animal 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Publicação: 2016 
Fonte do artigo: UFERSA 


Resumo: 
As abelhas melíferas apresentam um importante papel tanto na parte econômica como ambiental. Entretanto, nos últimos anos tem sido observado um declínio em nível mundial das colônias de abelhas, causando preocupação entre pesquisadores e apicultores. A exposição aos agrotóxicos pode acarretar sérios problemas para as abelhas e aos serviços de polinização. Nesse sentido, é de extrema importância determinar a toxicidade de inseticidas que são utilizados para o controle de pragas. O objetivo desse trabalho foi determinar a toxicidade dos produtos (Actara® 250 WG – Tiametoxam); (Evidence® 700WG – Imidacloprido1 ); (Nuprid® 700WG Imidacloprido2 ); (Orfeu® 200WG – Acetamiprido) e (Focus® 500WG – Clotianidina) sobre abelhas Apis mellifera, tendo sido avaliados alguns parâmetros toxicológicos, como Tempo Letal (TL50) para a aplicação tópica e oral, Dose letal (DL50) para aplicação tópica e Concentração letal (CL50) por ingestão, além de determinar o coeficiente de periculosidade (HQ). Para isso abelhas foram expostas aos inseticidas em diferentes concentrações e os dados de mortalidade submetidos às análises de sobrevivência e regressão Logit. Independente da forma de exposição todos os inseticidas testados ocasionaram a morte de 100% das abelhas, com a TL50, variando entre 0.68 a 3.85h para exposição tópica e 0.64 a 4.2h para exposição oral. Para a DL50 e CL50, o tiametoxam, Imidacloprido1 , imidacloprido2 , acetamiprido, e o clotianidina apresentaram os respectivos valores para as DL50, 7.5, 38, 57, 131, 10.5 ng/abelhas e CL50, de 5.56, 24.4, 278, 50.8, 6,8 ng.µl-1 respectivamente. Quanto ao Coeficiente de Risco (HQ) todos os inseticidas independente da cultura ou praga apresentaram um HQ maior que 50, variando de 157,7 (acetamiprido utilizado no algodão para o controle do Aphis gossypii) a 66.666,7 (tiametoxam utilizado no café para o controle da Leucoptera coffeella e Dysmicoccus texensis), mostrando o altíssimo nível de periculosidade destes inseticidas para as abelhas.