Da calçada da rua
ela olhava o caminho do rio.
Era noite.
Sentia frio, mas não esperança,
aliás, ela nunca esperava ninguém,
e seus olhos não tinha expressão.
Ficou ouvindo tocar o sino da igreja.
Inesperadamente desejou possui um vestido de organza
ou ser possuída pelo guarda da rua.

Contraponto - Maria Auxiliadora da Silva Maia - Poesias/Crônicas e Contros Ingênuos - 1ª Edição, 1998.