Acordar de “madrugada”,
antes do “quebrar da barra”,
era vida “sossegada”
pra quem agia com “garra”.

Vai a pegar os jumentos,
procurando-os no peieiro,
era o maior dos tormentos,
nas matas do Taboleiro.

E, o ervanço molhado,
daquele orvalho noturno,
era apenas tolerado
e um castigo diuturno.

A ida para o trabalho
era boa e divertida,
quase não tinha trabalho,
nem tinha carga pendida.

Voltar a pé pra cidade,
pegar a roupa poída,
pra ir em velocidade
beber na escola da vida.

Uma lembrança eloquente
daquele tempo de paz,
guardei bem na minha mente,
pra não esquecer jamais.

Flagrantes das Várzeas do Apodi - José Leite(Separata de Pré-Lançamento)