Oh! Quanto sinto esta infelicidade.
Oh! Quanto dói o meu sonho desfeito.
Nem mesmo sei dizer quanta saudade,
tenho guardada dentro do meu peito.

Por que chorar assim, sem um consolo?
Por quem não mereceu o meu afeto?
Por quero, levando a vida a me fazer de tolo,
nada me deu de bom e de concreto?

Não. Não choro por mim. Choro por ela,
que, enlouquecida e a volutear,
pensa viver em áurea passarela,

quando, em verdade, queima a sua vida
nos vícios, nas paixões, que a devorar,
consomem a sua alma tão querida.

Flagrantes das Várzeas do Apodi - José Leite(Separata de Pre-Lançamento)