Quanta saudade eu tenho
Do meu Apodi antigo
Da pracinha, da lagoa
Da retreta, dos amigos
E as cantigas de rodas
Trago a saudade comigo.

Da professora Rosinha
Tenho recordação
Do desfile de setembro
Que era só emoção
Também lembro do sufoco
Do exame de admissão.

Das histórias de trancoso
Da debulha de feijão
Milho assado na fogueira
E a adivinhação
A saudade é tão grande
Que dói o meu coração.

Ó meu Deus, como eu queria
Ao passado retornar
E minha bela infância
Queria outra vez passar
Mas sei que não é possível
Agora só me resta recordar.

Teresa Machado - aprendiz de cordel.