“Desejo maldito
Que só embriaga,
Trazendo à lembrança
Uma ponta de esperança
No suor da madrugada,
Ah! Como queria sentir
E te fazer chorar, sonhar,
Viver sem assim perceber
Que na vida o querer
Nada mais é que o mar.

Mas vivo e ando contigo,
Amo sem nenhum preconceito
Sabendo que não é direito
O fio da navalha esperar
E nos corte por inteiro
Agindo dessa forma nunca
Haverá a conciliação plena
De dois “eus’’ que se gostam
E mesmo tentando se cortam
Palavras escritas num poema.

Liberte-se só para mim,
Deixa teu colo tocar.
Faz com que me arrependa
Mesmo que não compreenda
Desejo assim te tentar.
Somos loucos e apaixonados
Procurando a escuridão,
Sabendo que eu a galáctica
Torna-se fantástica
E ilumina o coração.

Somos mais do que amigos,
Eu te quero e você quer
Ter-me em teus braços
E nos loucos abraços
Fazer aquilo que quiser.
Ninguém te faz assim
É desejo, paixão humana,
Não há plebe, aristocracia
Se na história há nostalgia
De tua condição cigana.

Enche meu copo com bebida
E brindaremos a longa noite
De manjares, doces e jade,
Busco e procuro saudade
Da fria dor em açoite
Sinto que o coração livre está
Para fazer aquilo que desejo,
Voe alto e volte devagar,
Por que cada estrela sonhar
Pode morrer por um beijo’’.

"Caminhos do Meu Ser"
Paulo Dantas Magno Filho