Estive pensando em mim
no que tenho sido até hoje
Em momentos como agora
reflito
analiso
critico
tudo o que faz parte da
estrutura do meu ser...

Diante dessa autoanálise
percebo que sou
falha
muito falha.
Um oceano de imperfeições me rodeia
nem sempre visíveis a olho nu
mas são erros que machucam
me ferem
me fazem sofrer...

No entanto, em meio a tanto,
ninguém pode assumir
por mim
a expressão suprema
do meu próprio eu.
Minha individualidade,
meus traços pessoais
me tomam única.

Tenho que ser
agente de minha própria história
mesmo que simplória.
Auto-afirmar-me
responsabilizar-me
por todo e qualquer valor
presente em mim.

Às vezes, as nossas feridas sangram,
as nossas imperfeições se exteriorizam,
o nosso eu vem à tona..
através de
emoções
palavras
lágrimas
Lágrimas que nem sempre
significam fracasso,
desespero,
mas uma válvula de escape
para arrancar certas “ervas daninhas’’
que sufocam o nosso coração

Quando as lágrimas descem,
nos enobrecem
Quando o coração
sofre
chora
geme
é porque somos humanos
e não máquinas apáticas.
As pessoas são as únicas que podem
aprender
reaprender
amadurecer
As máquinas não são capazes disso.

Em meio a isso tudo,
fica sempre uma
experiência
lição
sapiência
colhidas através da dor,
com um imenso valor
para o nosso
crescimento
aperfeiçoamento
em todos os aspectos da vida.

Através do sangue
das férias do meu eu,
posso exprimentar
aprender a
viver
crescer
A tendência é atravessar
um processo doloroso,
mas acredito que
o saldo sempre é positivo,
traduz satisfação
quando buscamos
o caminho da perfeição

"Vozes de um Coração''
Maria Luiza Marinho da Costa