CORONEL LUCAS PINTO.


Antigos imóveis comerciais que formam um quadrilátero, popularmente conhecido como QUARTEIRÃO, cujos lados compreendem as Ruas Margarida de Freitas, Coronel João de Brito (Em frente ao Mercado Público), Benjamin Constant e Manoel Coriolano. 

Até o ano de 1927 os prédios que se situam em frente ao Mercado Público sediavam a grande Casa Comercial "JÁZIMO E PINTO", com estoques de várias mercadorias, lotando estes prédios de uma esquina a outra, cujo centro comercial pertencia aos Coronéis João Jázimo de Oliveira Pinto e seu primo e genro Coronel Francisco Ferreira Pinto. Tinha como vendedores balconistas os Srs. Francisco Cabral da Costa (Pai de Zé Cabral, dos Correios), Luís Leite e Lucas Pinto. 

Quando o Coronel JOÃO JÁZIMO faleceu, no dia 30 de março de 1927, aos 71 anos de idade, o controle econômico desta Casa Comercial passou ao seu genro Coronel Francisco Pinto, nascendo daí, segundo afirmava o Sr. Francisco Cabral da Costa, intenso processo de inveja do Sr. Luis Leite, que era parente e compadre de Chico Pinto. Com o assassinato do Coronel Francisco Pinto, ocorrido a 02 de maio de 1934, a mando dos Srs. Luiz Leite e Tilon Gurgel, o Cel. Lucas Pinto comprou estes imóveis à viúva Dona Maria Salomé Diógenes Pinto.

Do ano de 1950 até o final da década de 70 (1970) estes imóveis foram alugados aos seguintes comerciantes: Nos prédios situados defronte ao Mercado Público, na Rua Coronel João de Brito: Na esquina das ruas João de Brito com a Margarida de Freitas era a Loja de Tecidos do Sr. JOÃO CUSTÓDIO DA SILVA, filho do paraibano de Catolé do Rocha-PB radicado em Apodi Sr. Manuel Custódio da Silva e da também paraibana Raimunda Nogueira Dantas. Vizinho ao Sr. João Custódio era a Loja de Tecidos do Sr. JOSUÉ CÂMARA, que por sua vez tinha como vizinho o seu irmão JOEL DA COSTA CÂMARA (Joel Câmara). A seguir era a Loja de tecidos do Sr. VALDEMIRO CUSTÓDIO DA SILVA, irmão de João Custódio e pai de ZÉ Vandilson, Vilson e outros filhos. Vizinho era a esquina, onde Dotô Nêgo instalou venda de café e bolos, mais conhecido como sendo o "Café de Dotô Nêgo". Nesta esquina instalou-se depois o Sr. Raimundo do Café, sendo certo que este imóvel pertence atualmente à viúva de Raimundo do Café, que mudou de ramo, instalando uma pequena mercearia


Na Rua Benjamin Constant o primeiro imóvel pertencia ao velho FÉLIX SOARES, avô do Fiscal de Rendas João Soares, que por seu falecimento, dito imóvel foi adquirido por Lucas Pinto, que o alugou ao Sr. AURINO GURGEL, que por sua vez comprou aos filhos do Coronel Lucas Pinto, quando este faleceu no ano de 1981. A mercearia de Sêo Aurino Gurgel era sortida de um quase tudo. Vizinho ao Sêo Aurino Gurgel era a Mercearia dos Srs. CHICO DO BIGODE, também conhecido como CHICO DO CASADO, e CHICO DO CANTO, conhecido popularmente como CHICO PAIZINHO. Na esquina situava-se o Mercadinho do Sr. Raimundo Monteiro, conhecido como Raimundo de Elias Monteiro, cujo Mercadinho ficava com a lateral na Rua Benjamin Constant e com a frente para a Rua Manoel Coriolano, que tinha como vizinho o Cel. Lucas Pinto, que tinha como vizinho o Sr. Diocleciano Diniz, conhecido como Sêo Dioclécio do Sabão, casado com dona Nicinha, e que foram pais de Ledo, Saint-Clair, Lourdinha casada com Tião Pinto, Tota e outros. Sêo Dioclécio era dono de uma saboaria, sendo certo que também vendia fumo em rolos, do brejo paraibano. O imóvel alugado ao Sêo Dioclécio ficava na esquina das Ruas Manoel Coriolano (parte da frente) e Margarida de Freitas (lateral). Este prédio de Sêo Dioclécio fora alugado anteriormente ao Sr. Raimundo Sansão, que instalara-se com uma mercearia.

 

Os prédios situados na Rua Margarida de Freitas foram alugados aos Sr. Zé Urbano, cujo imóvel era um pequeno quarto, onde o mesmo vendia fumo em rolo. Vizinho era a mercearia do Sr. JOÃO DE JOÃO TITO, primo de Lucas Pinto. Este prédio depois foi alugado à Senhorita SALIZETE BEZERRA, cujo imóvel pertence atualmente a duas irmãs de Salizete, por falecimento desta, que continuam explorando o mesmo ramo comercial de aviamentos e produtos de beleza.


Nestas relembranças, fica o registro para os anais da história comercial do antigo QUARTEIRÃO DO CORONEL LUCAS PINTO.

Texto de Marcos Pinto
Copiado do: Blog Potyline